Ah, quem me dera!
Se da janela eu pudesse ver
O doce brilho da quente esfera
Tocando o novo do espaço querido
Que na mente e no sonho impera.
Faz-se milagre de teus atos
E realidade de tua esperança
Recanto pros teus sentimentos
E lar pra tua criança.
Sabes que teu sorriso será lido
Mesmo por aqueles que não querem lê-lo
Aguarde, eu insisto
Terás partilha em teu zelo.
Há de alguém escutar em teu silêncio
Cheirar o teu corpo inodoro
Enxergar em tua escuridão
E tocar no teu poro.
Quem há de sentar-me ao lado outra vez?
Nos meus dias de ensino
Aprendo cada vez mais
Cada dia levado a pino
Melhor que as linguagens banais
Outrora reinantes com seus pronomes
Mas que agora, não mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário